Existem vários autores a avançar uma definição para caracterizar estes programas de computador. Podemos encontramos desde explicações mais generalistas, que afirmam que software é o “suporte da interação em grupo”, outras mais particulares que o definem como sendo “o que liga as pessoas aos seus pensamentos, sentimentos e opiniões” até uma mais específica, que explica o “tipo de suporte de interação” que aquele aporta:
->suporte para interação convencional (para comunicação síncrona e assíncrona);
->suporte para feedback (para avaliação da participação dos pares);
->suporte para redes sociais (para gerir e ou criar novas relações).
Estudos realizados, levaram alguns investigadores a concluir, que o software social gera mudanças relacionais nas sociedades. Esta particularidade, vem contrariar o posicionamento mais cético de quem questiona a sua utilização, ao atestar que o uso das tecnologias não isola os indivíduos, pelo contrário, abrem-lhes novas possibilidades relacionais e ampliam o saber.
O software social é, assim, adjuvante no processo de ensino/aprendizagem e sinónimo de "uniformidade social, colaboração, cooperação e suporte mútuo".
Em educação formal, o software social pode ser utilizado como ferramenta de trabalho colaborativo, ao mesmo tempo que despoleta uma interdependência positiva entre pares na procura de soluções para a superação de dificuldades, conduzindo o grupo a resultados favoráveis. Este equipamento permite inúmeras oportunidades de trabalho colaborativo, como ”combinações de atividades em blogues; gestão de portefólios; discussão e partilha de ficheiros; gestão de ficheiros de grupo e capacidades de pesquisa e linkagem”.
São exemplos de software social, o Instante Messaging, IRC, fóruns de internet, blogues, wikis, serviços de rede social ponto-a-ponto, jogos de rede, entre outros.
Apesar das já comprovadas vantagens destas ferramentas, levantam-se vozes discordantes, que as consideram “uma perda de tempo” e sem ligação “ à vida real”. A este propósito, a Universidade de Nova Iorque, considerou pertinente a realização de uma sessão denominada “Facebook in the fresh”. Traduzindo à letra, Facebook ao vivo, dirigido a alunos que apresentam lacunas no “relacionamento cara a cara”, uma vez que estão mais familiarizados com “relacionamentos virtuais”.
Por fim, referir que, no que respeita à utilização, as redes sociais não beneficiam da Lei de Metcalfe*, pelo que, o valor estimado de adesão não é totalmente fidedigno. Está ainda provado, que a participação de alguns utilizadores é efémera, designadamente há quem crie blogues e os abandone poucos meses depois.
(*) Lei de Metcalfe, é uma lei formulada por Robert Metcalfe, inventor do sistema Ethernet de redes locais. A lei trata do valor de sistemas de comunicação. Seu enunciado é o seguinte:O valor de um sistema de comunicação cresce na razão do quadrado do número de usuários do sistema (Wikipédia)
Bibliografia: Patrick Fahy (2008) - As Características dos Meios de Aprendizagem Interativa Online